Sinto-me dissolver no tempo. É uma sensação
semelhante a boiar em água tépida. Um relaxamento até agradável. Mas em que o
corpo se vai diluindo a partir das extremidades. De fora para dentro.
Desaparecendo em névoa. Não penso em nada. Não me importo com nada. Deixo-me
ir. Apenas. Desagregar. Desaparecer. Pouco a pouco. Tecidos e fluidos. Molécula
a molécula. Até só sobrarem átomos dispersos. E então serei nada. Serei tudo.
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