Acordar com uma música na cabeça. Um ritmo que não
nos larga. Uma melopeia que, insidiosa, se repete dentro de nós. Nunca a
melodia toda. Quase sempre apenas um fragmento. Na nã, na nã, trálálará. La
realité… The dream… A casa da Mariquinhas… O que seja. Um som que se transforma
em cantilena. Que de tão repetido nos começa a cansar. A tornar-se
desagradável. Mesmo quando ao despertar até nos alegrou o dia. No ho l’etá, no
ho l’etááá… E começamos a achar que deve ser da mesmo da idade. Que as músicas
começam-nos a transbordar interiormente
por falta de espaço. De qualquer modo, é bom, termos essa espécie de
rádio interno. Desperta memórias e emoções, mesmo quando não sabemos bem quais
e porquê. Podia era ir variando ao longo do dia. Já que tudo o resto muda.
Cambia, todo cambia. Cambia, todo cambia…
Sem comentários:
Enviar um comentário