Pego nas palavras e moldo-as como barro. Deixo
fluir as emoções para a ponta dos dedos. Dessa amálgama sai algo que umas vezes
parece alguma coisa. Outras é mais abstracto. Mas, de todas as vezes, parece
coisa diferente consoante os olhos que a vêem. Que lêem as palavras que amassei
com emoções, risos e lágrimas. Com memórias. Com a imaginação. Umas vezes uso
as minhas emoções, outras roubo-as descaradamente a outros. Umas vezes invento
tudo, outras exponho-me completamente. Outras vezes, ainda, nem uma coisa nem
outra. Nunca o saberão vós. Nunca o sei eu.
"(...) as palavras que amassei com emoções, risos e lágrimas.(...)" são as que não saíram ao nascer. Ficaram a trabalhar em nós e saem ainda mais repletas de sentidos.
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