Sento-me ao mar a escrever na espuma com algas e
estrelas. As ondas trazem areia que emperra os mecanismos mas também objectos
que desencadeiam memórias. Reminiscências de vivências ou de sonhos. Ideias
passam, rápidas, como peixinhos prateados. Ou serão mesmo apenas peixes? É
salgada esta escrita. Mas saborosa. Umas vezes tépida outras gélida, como a
água do mar em diferentes latitudes. Fonte de vida ou de morte. De prazer ou de
incómodo. Em certas ocasiões dói, como quando se pisa um ouriço ou um peixe-aranha.
Lembramo-nos, então, que estamos vivos.
Gosto. O mar, o amar, o luar e o sentar a escrever a realidade imaginada.
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