Ninguém é um só. A todos nos aparecem pensamentos
contracorrente. Aposto que mesmo àqueles que dizem só ter certezas. A quem
nunca surgiu um se ou um mas do seu eu mais profundo? Assim de repente. Do nada.
Sem nenhuma razão aparente. Dizemos muitas vezes que esses pensamentos nos vêm
do coração, talvez por não lhes reconhecermos racionalidade. Ou pelo aperto que
nele às vezes causam. Quase sempre. E depois lá fica a cabeça a magicar, emersa
em cogitações e considerações, em intrincadas análises e negociações interiores,
até chegarmos a um entendimento com nós próprios. Será isto a dialética? O que
é não sei. Sei que esses diálogos interiores me enriquecem sempre, por mais
perturbadores que possam ser. Por mais perda de tempo que pareçam quando volto
ao fim aparentemente a pensar o mesmo. A única certeza que tenho é que isso faz
parte da minha condição de ser humano.
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