Aproximo-me do
destino. Sei que estou a chegar quando passo pela casa dos cantoneiros e a
estrada se dobra em curvas e contracurvas. Há qualquer coisa diferente no ar, também,
embora nunca o tenha conseguido definir com exactidão. Uma alteração na luz,
talvez. Depois, quando a estrada se desenrola na longa recta bordejada de
eucaliptos, sei que estou quase, quase. Só faltam as últimas duas curvas e a
placa que anuncia faltarem quinhentos metros. Mas hoje, quando chego, não paro,
avanço e escolho não ter destino.
Sem comentários:
Enviar um comentário