David Teles Ferreira

aqui vou publicando o que vou escrevendo

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Destino



Aproximo-me do destino. Sei que estou a chegar quando passo pela casa dos cantoneiros e a estrada se dobra em curvas e contracurvas. Há qualquer coisa diferente no ar, também, embora nunca o tenha conseguido definir com exactidão. Uma alteração na luz, talvez. Depois, quando a estrada se desenrola na longa recta bordejada de eucaliptos, sei que estou quase, quase. Só faltam as últimas duas curvas e a placa que anuncia faltarem quinhentos metros. Mas hoje, quando chego, não paro, avanço e escolho não ter destino.

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