Há livros que são de pedra. Não propriamente pelo
que pesam ou serem maçudos mas pelo peso das ideias que contêm. Nem é sequer
uma questão de conterem muita ciência. É pelos valores que nos transmitem e os
pensamentos que nos suscitam. São livros sólidos. Que perduram no tempo como um
monumento. Que por mais tempo que passe sobre a sua génese continuam actuais.
Livros que são pedras constituintes do edifício do nosso eu. Que mesmo tendo-os
lido há muitos anos se mantêm dentro de nós e nos vêm regularmente à lembrança
ou estão entranhados no nosso ser. Livros que nos constroem e reconstroem. Livros
que fazem o que somos.
E pelos livros também nos afirmamos.
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